As grandes transferências no futebol mundial vão muito além dos clubes de elite, impactando diretamente os clubes formadores que desempenham um papel fundamental nos bastidores. De acordo com as diretrizes da FIFA, os clubes que contribuíram para a formação de um jogador entre os 12 e 23 anos têm direito a uma parte da quantia envolvida em transferências internacionais. Esse sistema de solidariedade visa recompensar os clubes menores de forma proporcional ao tempo e esforço dedicados ao desenvolvimento do atleta.
Um exemplo emblemático dessa prática é o Santos, que obteve ganhos significativos com as transferências envolvendo Neymar, mesmo em negociações indiretas posteriores. Outro caso inspirador é o do modesto São Cristóvão, que também se beneficiou financeiramente com a venda de Ronaldo Fenômeno. Para esses clubes com orçamentos mais modestos, tais ganhos podem significar a sobrevivência e a oportunidade de investir em futuras gerações de talentos esportivos.
O dinheiro proveniente dessas transações é muitas vezes utilizado para:
Essa prática estabelece um ciclo virtuoso, no qual a descoberta de talentos gera recursos que possibilitam continuar investindo na revelação de novos jogadores.
Apesar dos potenciais impactos positivos, existem desafios a serem enfrentados. A transparência na utilização dos recursos nem sempre é assegurada, e muitos clubes enfrentam obstáculos burocráticos para acessar a parte financeira que lhes é devida, especialmente em transferências com estruturas complexas ou envolvendo triangulações.